Entidade revoga todas as mudanças estatutárias feitas nos últimos quatro anos, abrindo caminho para a posse de Samir Xaud, candidato único à presidência.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu neste sábado (24/5) o passo definitivo para encerrar o ciclo de Ednaldo Rodrigues à frente da entidade. A direção oficializou a anulação do acordo que sustentou politicamente a gestão de Ednaldo, cujas assinaturas são investigadas por suspeita de falsificação, envolvendo o nome do ex-presidente Coronel Nunes.
Com a medida, todas as mudanças estatutárias realizadas nos últimos quatro anos também foram revogadas. Entre essas alterações, estavam normas que ampliavam o poder do presidente e permitiam a indicação de parentes e aliados para cargos na administração da confederação, prática que foi amplamente criticada por dirigentes e opositores.
Samir Xaud assume com novos desafios
Neste domingo (25/5), a eleição que irá confirmar Samir Xaud como novo presidente será realizada com chapa única e clima de consenso forçado entre os grupos políticos que dominam a entidade.
A posse de Xaud acontece sob um cenário delicado: ele terá a missão de reaproximar a CBF da Federação Paulista de Futebol (FPF) e de 21 clubes das Séries A e B que ficaram insatisfeitos com a articulação que o levou ao poder.
Além disso, caberá ao novo dirigente conduzir o futebol brasileiro em momentos estratégicos, como as Eliminatórias para a Copa do Mundo e a próxima Copa América.
O que foi anulado?
✅ Mudanças estatutárias que ampliavam poderes do presidente;
✅ Regras que permitiam a nomeação de parentes e aliados;
✅ As duas eleições que oficializaram Ednaldo Rodrigues na presidência;
✅ O acordo judicial suspeito de ter assinatura falsificada, utilizado para garantir a estabilidade de Ednaldo na entidade.
A anulação reforça a legitimidade formal da eleição de Samir Xaud, mas deixa feridas políticas, com clubes e federações ainda desconfiados da nova gestão. Além disso, abre precedentes para novas ações jurídicas, tanto de Ednaldo quanto de dirigentes que podem se sentir prejudicados pela anulação das últimas eleições.