Os devastadores incêndios que atingem Los Angeles, nos Estados Unidos, desde a última semana têm causado mortes e destruições em larga escala, trazendo à tona um grave alerta feito anteriormente por Kristin Crowley, chefe do Corpo de Bombeiros da cidade.
Em um memorando registrado antes dos incêndios, Crowley criticou os cortes no orçamento da corporação, que afetam diretamente sua capacidade de atender emergências. A denúncia foi divulgada pelo jornal CBS News, destacando que o financiamento caiu US$ 17,6 milhões, ou 2%, entre os anos fiscais de 2023-2024 e 2024-2025.
Cortes e impacto operacional
Crowley alertou que os cortes comprometeram operações essenciais, como treinamento e resposta a emergências em grande escala.
“Os cortes no orçamento afetaram negativamente a capacidade do Departamento de manter as operações principais,” escreveu Crowley em 4 de dezembro ao Conselho de Comissários de Incêndio.
Entre os principais impactos destacados, estão:
- Redução de US$ 7 milhões nas horas extras, limitando a capacidade de resposta rápida.
- Prejuízo nas inspeções preventivas, como remoção de mato e inspeções residenciais.
- Falta de preparo para emergências em larga escala, como os incêndios em curso.
Prioridade para salários e benefícios
Embora o orçamento tenha sofrido cortes, o conselho municipal aprovou um contrato de US$ 203 milhões em novembro de 2024, com duração de quatro anos, para aumentar salários e benefícios de saúde para os bombeiros. Essa decisão retirou recursos do fundo geral do orçamento, gerando críticas diante da necessidade de financiamento operacional.
Kristin Crowley, chefe dos bombeiros da cidade de Los Angeles, Estados Unidos, afirmou que os cortes no orçamento da área estava atrapalhando a capacidade do departamento de atender as emergências. Sua fala aconteceu antes dos incêndios atingirem a região e causarem mortes e grande destruição. De acordo com o jornal americana CBS News, a afirmação foi registrada em um memorando.
O financiamento para o corpo de bombeiros caiu em US$ 17,6 milhões, ou 2%, entre o ano fiscal de 2023-24 e o ano fiscal de 2024-25, segundo o documento do orçamento da cidade.