FBI afirma que perfil de Thomas Matthew Crooks, 20, em rede social não continha postagens ameaçadoras
Thomas Matthew Crooks, 20, suspeito de tentar assassinar Donald Trump no sábado (13), era considerado um bom aluno e não discutia política com frequência, segundo pessoas que o conheciam.
Informações Preliminares e Perfil do Suspeito
As informações preliminares sobre Crooks não têm ajudado os investigadores a esclarecer o motivo do ataque. A polícia o matou após atirar contra o ex-presidente durante um comício republicano em Butler, Pensilvânia.
Crooks nasceu em Bethel Park, Pensilvânia, e se formou no ensino médio em 2022, sendo descrito como um aluno talentoso e reservado. Seu orientador afirmou que ele era “respeitoso”.
Relatos de Colegas e Orientadores
Na escola, Crooks não falava muito sobre política, conforme relatou um colega de classe que preferiu não ser identificado. Seus interesses estavam voltados para a construção de computadores e jogos, descrevendo-o como muito inteligente.
Jim Knapp, ex-conselheiro escolar de Crooks, disse que o jovem sempre foi “quieto como um ratinho”, respeitoso e reservado, tendo alguns amigos. Crooks frequentemente almoçava sozinho no refeitório, e Knapp interagia com ele para oferecer companhia. “As crianças não o insultavam ou faziam bullying”, disse.
Knapp também mencionou que Crooks não demonstrava interesse por política, mesmo quando outros alunos expressavam suas preferências por Trump ou Biden. Ele não se lembrava de Crooks ter sido punido na escola. “Qualquer um pode ter problemas”, disse Knapp. “Algo o levou a Butler e fez o que fez.”
Trabalho e Reação da Comunidade
Crooks trabalhava como auxiliar de nutrição em uma casa de repouso. “Estamos chocados e tristes com seu envolvimento, pois ele realizava seu trabalho sem problemas”, disse Marcie Grimm, administradora do local.
Vizinhos da família de Crooks também ficaram chocados com a tentativa de assassinato de um líder político por alguém da cidade pacata de 33 mil habitantes.
Afiliação Política e Ações no Dia do Atentado
Crooks era afiliado ao Partido Republicano. As eleições de novembro, nas quais Trump enfrentará Joe Biden, seriam a primeira oportunidade de Crooks votar em uma eleição presidencial.
Registros públicos indicam que seu pai é republicano e sua mãe é democrata. Aos 17 anos, Crooks doou US$ 15 para uma causa do Partido Democrata.
No sábado, Crooks entrou furtivamente em um prédio a 140 metros do palco onde Trump estava falando e começou a atirar com um fuzil AR-15, provavelmente comprado por um familiar.
Declarações do FBI e Reações da Comunidade Local
O FBI informou no domingo (14) que Crooks agiu sozinho e que seu perfil nas redes sociais não continha mensagens de ódio ou ameaças. Ele também não tinha histórico de problemas de saúde mental.
Bruce Piendl, dono de uma loja de armas em Bethel Park, afirmou que as armas fazem parte da cultura local. “No oeste da Pensilvânia, temos uma rica tradição de caça e atividades ao ar livre”, disse. Piendl não vendeu armas diretamente a Crooks, mas se recusou a comentar se vendeu para a família do jovem.
Vítimas do Atentado
Corey Comperatore, 50, morreu no comício ao se jogar na frente de familiares para protegê-los. Ele foi atingido na cabeça. Comperatore tinha duas filhas, Allyson, 27, e Kaylee, 24.
Outros dois participantes do evento, David Dutch, 57, e James Copenhaver, 74, foram feridos e hospitalizados em estado grave, mas sua situação era estável no domingo, segundo a polícia da Pensilvânia.
Créditos: Folha de São Paulo
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