Jorge Mario Bergoglio, primeiro Papa latino-americano, morre aos 88 anos no Vaticano. Lula presta tributo emocionante e declara luto nacional. Repercussão reúne autoridades de todos os espectros políticos.
Lula decreta luto oficial de sete dias pela morte de Papa Francisco: “O mundo perde uma voz de amor e justiça”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou luto oficial de sete dias em todo o território nacional nesta segunda-feira (21), após o falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, no Vaticano. Jorge Mario Bergoglio, primeiro pontífice latino-americano e o 266º Papa da Igreja Católica, deixa um legado marcado por empatia, inclusão social e firme defesa dos mais vulneráveis.
Última bênção: o Papa que conquistou o coração do mundo
O Papa Francisco faleceu às 7h35 no horário do Vaticano (2h35 em Brasília), encerrando um pontificado de quase 12 anos que transformou a Igreja Católica. Desde sua eleição em 2013, o argentino rompeu protocolos, abraçou os marginalizados, trouxe à tona o debate sobre mudanças climáticas e enfrentou as desigualdades sociais com firmeza.
Em nota oficial, Lula exaltou a trajetória do líder religioso:
“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.”
Homenagens que emocionam: da Praça São Pedro ao Palácio do Planalto
Por volta das 10h desta segunda-feira, as bandeiras em frente ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal foram hasteadas a meio-mastro — gesto simbólico que marcou o início do luto no Brasil.
Na declaração presidencial, Lula destacou a importância histórica de Francisco:
“Com sua simplicidade, coragem e empatia, trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou modelos econômicos injustos e sempre esteve ao lado dos que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens e as vítimas das guerras.”
Lula relembrou ainda os encontros com o Papa ao lado da primeira-dama Janja, marcados por “carinho e afinidade de ideais”:
“Francisco nos abençoou com sua ternura e compartilhou conosco seus sonhos de um mundo justo, igualitário e em paz.”
Repercussão nacional: políticos e líderes se unem em tributo inédito
Diversas autoridades brasileiras prestaram homenagens públicas, transcorrendo partidos e crenças:
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Geraldo Alckmin (vice-presidente) exaltou a humildade e a compaixão do Papa.
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Janja da Silva descreveu Francisco como “um farol no meio de tantas trevas”.
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Gilmar Mendes (STF) classificou o pontífice como “um farol de paz e fraternidade”.
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Davi Alcolumbre, judeu e presidente do Senado, ressaltou a universalidade da mensagem do Papa: “pregou o respeito, o perdão e a caridade”.
Até figuras da oposição, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, destacaram o papel simbólico do papado como pilar espiritual da civilização ocidental.
O legado de Francisco: o Papa do povo
Francisco deixa uma marca indelével na história da Igreja e do mundo. Seu compromisso com causas sociais, defesa da Amazônia, inclusão de minorias e busca por uma Igreja mais acolhedora o tornam uma figura admirada muito além dos muros do Vaticano.
“O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, declarou Lula.
O que vem a seguir?
Com a morte do Papa Francisco, inicia-se um novo capítulo na Igreja Católica. O Colégio dos Cardeais deverá se reunir para dar início ao conclave que elegerá o próximo líder espiritual dos mais de 1,3 bilhão de católicos ao redor do mundo.
Enquanto isso, o mundo chora a perda de uma das vozes mais humanas e progressistas da história recente do cristianismo.
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