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Pelo menos 150 jornalistas já fugiram da Rússia desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro. Os dados são da Agentstvo, um jornal online russo especializado em jornalismo de investigação, e foram divulgados em comunicado pela Amnistia Internacional.

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Pelo menos 150 jornalistas fugiram da Rússia, diz Amnistia Internacional

 

A organização condena não só a “repressão sem precedentes” ao jornalismo independente, como também lembra que mais de 13 mil pessoas já foram detidas na sequência de manifestações pacíficas no país.

Pelo menos 150 jornalistas já fugiram da Rússia desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro. Os dados são da Agentstvo, um jornal online russo especializado em jornalismo de investigação, e foram divulgados em comunicado pela Amnistia Internacional.

O jornal online independente não é o único meio de comunicação bloqueado na Rússia. Todos os meios de comunicação social receberam ordens do governo russo para que não usassem palavras como “guerra”, “invasão” ou “ataque” quando se referiam ao conflito entre os dois países.

Putin foi mais longe e acabou por autorizar uma lei que pune até 15 anos de prisão quem seja acusado de espalhar “notícias falsas” acerca deste conflito, o que significa que todos os meios não estatais passaram a estar ainda mais sob o  olhar atento do governo russo.

Em comunicado enviado esta quinta-feira, a Amnistia Internacional condenou o bloqueio dos orgãos de comunicação russos, afirmando que as autoridades daquele país tinham começado uma “repressão sem precedentes” ao jornalismo independente, não só obrigando a que os profissionais tivessem que abandonar o país, mas também impedindo a população russa de ter acesso a informação “objetiva, imparcial e de confiança”.

A organização faz ainda referência aos protestos anti-guerra que têm surgido por todo o país, e lembraram que, segundo a organização não governamental OVD-Info, cerca de 13.800 pessoas foram detidas por participarem nestas manifestações pacíficas.

“As pessoas corajosas que se opõem a esta guerra enfrentam um risco pessoal sério. Quando elas vão para a rua, o que já é um crime para as autoridades, e exigem o fim da guerra, a mensagem deles representa tanto contraste com a propaganda do Estado, que os coloca na mira das forças de segurança”, disse Marie Struthers, a diretora-geral da Amnistia Internacional do Leste Europeu e Ásia Central.

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Além das baixas civis registadas pela ONU, a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número por determinar de baixas militares.

Na sequência da invasão, mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos, na crise de refugiados com crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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