OMS declara emergência global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou os surtos de mpox na República Democrática do Congo e em outras regiões da África como uma emergência global. Isso exige ação urgente para conter a transmissão do vírus.
Primeiro caso detectado na Europa
A Suécia identificou recentemente o primeiro caso de uma nova forma de mpox, anteriormente vista apenas na África, em um viajante. Outras autoridades de saúde europeias alertaram sobre a possibilidade de mais casos importados.
A mpox pode se espalhar mais?
A chance de a mpox se espalhar amplamente é baixa. Diferente da gripe suína e da COVID-19, que são causadas por vírus transmitidos pelo ar, a mpox é principalmente transmitida por contato direto com a pele de pessoas infectadas ou por meio de objetos contaminados, como roupas ou lençóis. A doença geralmente causa lesões visíveis na pele, o que reduz a probabilidade de contato próximo.
Medidas de prevenção recomendadas
Especialistas recomendam evitar contato físico próximo com pessoas que tenham lesões semelhantes às da mpox. Não compartilhe utensílios, roupas ou lençóis com indivíduos infectados. Manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente, é fundamental.
Risco na Europa é baixo
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças afirmou que mais casos importados de mpox da África são prováveis. No entanto, as chances de surtos locais na Europa são muito baixas. Cientistas confirmam que o risco para a população geral em países sem surtos de mpox em andamento é reduzido.
Comparação com a COVID-19
A mpox se espalha muito mais devagar do que o coronavírus. Pouco depois de o coronavírus ser identificado na China, o número de casos aumentou rapidamente, passando de centenas para milhares. Em março de 2020, quando a OMS declarou a COVID-19 uma pandemia, já havia mais de 126.000 infecções e 4.600 mortes.
Em contraste, desde 2022, os casos de mpox atingiram quase 100.000 infecções globalmente, com cerca de 200 mortes, segundo a OMS.
Vacinas e tratamentos disponíveis
Diferente dos primeiros dias da pandemia de COVID-19, existem vacinas e tratamentos disponíveis para a mpox. Segundo o Dr. Chris Beyrer, diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Duke, “temos o que precisamos para parar a mpox.” Ele destaca que a situação atual não é a mesma enfrentada durante a COVID, quando não havia vacinas ou antivirais.
Situação na África
Atualmente, a maioria dos casos de mpox está concentrada na África, com 96% dos casos e mortes ocorrendo na República Democrática do Congo. Este é um dos países mais pobres do mundo, onde o sistema de saúde está sobrecarregado por problemas como desnutrição, cólera e sarampo. Apesar de as autoridades congolesas terem solicitado 4 milhões de vacinas, ainda não receberam nenhuma.
Mesmo após a declaração da OMS em 2022, a África recebeu poucas vacinas ou tratamentos.
Necessidade de priorizar a África
Beyrer argumenta que é do interesse global investir agora para eliminar os surtos na África. “Estamos em uma boa posição para controlar esta pandemia, mas precisamos priorizar a África,” afirmou.
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