Agora, agora, nós fizemos nossa parte’, diz Bolsonaro sobre caos nos hospitais do AM
Presidente deu a declaração em conversa com apoiadores, na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada. Casos de Covid-19 no estado dispararam e hospitais de Manaus ficaram sem oxigênio para atender os pacientes.
O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores nesta sexta-feira (15), ao comentar a crise da saúde pública no Amazonas, que o governo federal fez a sua parte para ajudar o estado.
O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso nos últimos dias com a disparada dos casos de Covid-19. As internações e os enterros bateram recordes, os hospitais ficaram sem oxigênio e pacientes estão sendo enviados para outros estados.
“Problemas. A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus. Terrível, o problema em Manaus. Agora, agora, nós fizemos a nossa parte. Recursos, meios. Hoje, as Forças Armadas ‘deslocou’ para lá um hospital de campanha. O ministro da Saúde esteve lá segunda-feira e providenciou oxigênio”, afirmou o presidente na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.
Na quarta-feira (13), as Forças Armadas anunciaram que levariam até quinta-feira (14) 50 toneladas de material para montar um hospital de campanha em Manaus. O G1 entrou em contato com o Ministério da Defesa e até a última atualização desta reportagem aguardava a confirmação de que os equipamentos já foram todos levados para o Amazonas.
Bolsonaro ainda voltou a defender tratamento com remédios cuja eficácia não é confirmada pela comunidade científica.
A jornalistas, na chegada ao Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão também comentou a situação no Amazonas. Ele disse que governo está fazendo “além do que pode”. Questionado sobre medidas como lockdown, Mourão afirmou que a “imposição de disciplina” não funciona no Brasil.
“O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente dispõe”, disse Mourão.
Questionado se não faltou planejamento logístico, o vice-presidente declarou que não se era possível prever o colapso no sistema de saúde em Manaus que, na avaliação dele, está associado à aparição de uma nova cepa do coronavírus.
FONTE: G1