O bebê André Benício Ferreira Brito estava com a mãe Katleen de Souza Brito em um prédio, na Zona Oeste da cidade, quando tudo aconteceu.
O bebê André Benício Ferreira Brito, de 1 ano e oito meses, que caiu do terceiro andar de um prédio, na comunidade César Maia, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio, começou a reagir à medicação passada pelos médicos do Hospital Souza Aguiar para controlar a pressão craniana.
A informação foi passada ao NoticiaTem pela mãe da criança, Katleen de Souza Brito, de 21 anos, que está acompanhando o filho bebê durante sua internação no CTI pediátrico.
“O estado do bebê é grave, bem grave, mas hoje (sexta-feira, 19) começou a surgir uma pontinha de esperança. Ele começou a reagir à nova medicação e a pressão craniana baixou bem. O problema é que ela ainda oscila muito, é preciso que ela estabilize, mas já baixou”, conta Katleen acrescentando ainda que o filho já está conseguindo também fazer o controle da temperatura do próprio corpo, sem precisar usar manta térmica.
O acidente
Katleen também disse como a dinâmica do acidente aconteceu. Ela contou que estava em casa, com o filho, que sempre mantinha a janela o quarto fechada, mas que nesse dia abriu um pouco para arejar, já que iria limpar a casa.
“Estava tudo normal. Acordamos, tomamos café da manhã juntos, brincamos um pouco e abri a janela do quarto porque iria limpar a casa. Sempre deixo fechada porque ela fica perto da cama, mas a casa é muito pequena e não tem como colocar os móveis de outro jeito. Estávamos saindo do quarto, o Benício com a mão na minha perna, mas ele ouviu um barulho e voltou. Subiu na cama, se debruçou e caiu. Não sei dizer o que houve, ele estava com a mão na minha perna, mas numa fração de segundos, voltou”, diz tentando entender e garantindo que não houve negligência.
Katleen, que está grávida de oito meses de uma menina, tenta agora se manter forte para dar força para o filho.
“É difícil demais. Meu coração está dolorido. Vê-lo do jeito que está, cheio de aparelhos, sem poder sentir o seu cheirinho. Só posso pegar na sua mão para mostrar que eu estou ali”, diz ela que tem sido cuidada pelos médicos do Souza Aguiar para que não tenha complicações em sua gravidez.
“Eles têm sido muito atenciosos comigo, brigam para eu comer, mas, além de não sentir fome com essa situação toda. Sinto falta do meu filho junto comigo. Sempre comíamos juntos”, diz.
Avó critica linchamento virtual
André Benício caiu da janela na terça-feira (16), foi levado para uma clínica da família no bairro, que o transferiu para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Na unidade, o menino foi operado, estabilizado e transferido para o CTI pediátrico do Souza Aguiar, onde se encontra.
Katleen de Souza Brito foi ouvida na23ª DP, no Méier, onde o caso foi registrado e um procedimento para apurar possível abandono de incapaz foi instaurado. O delegado Deoclécio Francisco de Assis Filho, titular da unidade, informou que o caso foi transferido para a 42ª DP, no Recreio, unidade mais próxima de onde a família mora.
Na quinta-feira (18), o NoticiaTem também conversou com a avó da criança, Ana Paula Santos de Souza, que criticou um linchamento virtual a que a filha estaria sendo vítima nas redes sociais.
“Minha filha está destruída, nós estamos destruídos. Isso acabou com a nossa família. A polícia vai investigar se houve abandono de incapaz porque é função dela investigar. Mas isso não significa que houve mau-trato ou negligência. Se minha filha maltratasse meu neto, eu seria a primeira pessoa intervir. Nunca deixaria que isso acontecesse. Mas uma investigação não dá o direito das pessoas condenarem ela na internet, sugerirem que era drogada ou coisa do tipo”, disse indignada e pedindo orações para o restabelecimento do neto.