Relatório da polícia local afirma que crianças envolvidas no caso disseram que a discussão começou durante brincadeira em Marabá. Polícia Civil investiga o caso sob sigilo.
Um relatório da Polícia Militar de Marabá, no sudeste do Pará, aponta que houve uma discussão entre as crianças durante brincadeira com bolinha de gude antes de Júlio Henrique, de 5 anos, ser agredido e jogado sem roupas em uma área alagada na zona rural da cidade.
A suspeita é que duas crianças e um adolescente estejam envolvidos na morte. Segundo a Polícia Militar, os três menores relataram que, após agredirem a vítima, teriam o arremessado dentro da água após o desentendimento enquanto brincavam.
A motivação da violência e as circunstâncias da morte são apuradas pelas autoridades sob sigilo.
Júlio Henrique desapareceu na quarta-feira (16) na vila Capistraneo de Abreu, zona rural da cidade, e o corpo foi encontrado no dia seguinte. O caso foi registrado como ato infracional análogo a homicídio.
A PM informou ainda que, logo após ter sido encontrado, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) onde foi feita necropsia com verificação de indicativos de tortura, e também exame sexológico forense. Os laudos são aguardados pela Polícia Civil, que investiga o caso.
“Ele era uma criança simpática, brincalhona, muito apegado à mãe, não sabia de perto dela. A gente não esperava perder ele tão pequeno, tão novinho, e da forma brutal como foi feito”, diz a tia.
Entenda o caso
O menino Júlio Henrique Brito Miranda desapareceu na quarta-feira (16), após sair para brincar com colegas na localidade de Vila Capistrano, distante cerca de 150 quilômetros do centro de Marabá.
Segundo a polícia, três garotos de 9, 11 e 13 anos confessaram que teriam batido na criança menor, tirado a roupa dela e a jogado na água após um desentendimento entre eles.
Como a vítima foi encontrada nua, o corpo deve passar por exames sexológicos, segundo a polícia. Os menores suspeitos de envolvimento na morte negam que tenha havido violência sexual.
Os dois meninos de 9 e 11 anos foram levados ao Conselho Tutelar, que acompanha o caso. Já o adolescente de 13 anos foi apreendido por infração análoga a assassinato. O conselho tutelar e a polícia não revelaram outros detalhes sobre o caso.
Fonte: g1
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