Escândalo envolvendo o deputado distrital Daniel Donizet (MDB-DF) choca Brasília e gera investigações
O deputado distrital Daniel Donizet (MDB-DF), conhecido por seu apoio a Jair Bolsonaro (PL), está no centro de uma polêmica que abala a política local. Ele enfrenta acusações de assédio sexual, rachadinha e omissão de socorro a uma garota de programa, que alega ter sido agredida por um de seus assessores.
Duas ex-funcionárias do parlamentar tomaram a iniciativa de procurar a Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para denunciar os casos de assédio. Em um comunicado oficial, Donizet nega todas as alegações e afirma que refuta veementemente a prática de crimes e violência contra as mulheres.
Uma das ex-servidoras, Fabrícia Morais, relata ter sofrido ameaças do deputado por recusar-se a manter relações sexuais com ele. Ela afirma que Donizet lhe disse: “Fabrícia, aqui é igual o Big Brother. Só fica quem dá”. A ex-funcionária alega ter sido exonerada de seu cargo de confiança por não ceder às investidas do deputado.
Outra mulher, que preferiu não se identificar, relatou que também foi abordada por Daniel Donizet em uma confraternização e que teve relações sexuais com ele, mas alega ter se sentido coagida por se tratar de seu chefe.
Fabrícia Morais ocupou um cargo na Administração Regional do Gama, indicada pelo deputado. Ela afirma que todos os funcionários da entidade eram indicações de Donizet e eram obrigados a participar de eventos de campanha do deputado, mesmo durante o horário de expediente.
Ambas as mulheres afirmam ter passado por tratamento psicológico para lidar com os traumas resultantes dos acontecimentos.
O deputado Daniel Donizet enfrenta uma investigação anterior relacionada à existência de funcionários fantasmas e à prática de rachadinha, na qual servidores supostamente eram coagidos a repassar parte de seus salários ao deputado.
Adicionalmente, ele se tornou alvo de investigação após uma prostituta alegar que foi agredida por um de seus assessores, enquanto Donizet estaria no mesmo quarto, recusando-se a prestar socorro. O caso ganhou notoriedade no fim de setembro, quando a mesa diretora da Câmara Legislativa arquivou um pedido de cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar.
A Promotoria do Gama, onde corre a investigação, e a Polícia Civil do DF não emitiram declarações sobre o andamento das investigações.
Em resposta às acusações, o deputado Donizet afirmou que é inocente e está cooperando com as investigações: “A defesa do deputado acompanha os procedimentos, mas esclarece que o parlamentar não foi indiciado em nenhum dos casos. Em razão de serem sigilosos, há impedimento legal para passar informações, sob penalidade de interferir nas investigações.” O deputado também reforçou que refuta qualquer envolvimento em crimes e violência contra as mulheres, destacando seu histórico.
Esta é uma situação em desenvolvimento, e mais informações surgirão à medida que a investigação avançar. A população de Brasília observa com atenção o desenrolar desse escândalo que afeta o cenário político local.