A mulher passou mais de 72 horas sem se alimentar. Após o resgate, ela foi encaminhada debilitada ao hospital com vários ferimentos pelo corpo.
Uma mulher de 39 anos foi resgatada pela Polícia Civil após passar três dias trancada dentro de uma despensa em casa e sendo torturada pelo ex-marido, de 23 anos, que não aceitava o fim do relacionamento, no Bairro Vila Nova, em Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, nessa segunda-feira (21). A vítima foi encaminhada ao hospital debilitada.
De acordo com a polícia, durante o período em que esteve em cárcere privado, a vítima sofreu agressões físicas e psicológicas e estava sem se alimentar. A polícia descobriu o crime após o filho da vítima registrar o desaparecimento dela.
Quando a equipe de investigação chegou na casa, o suspeito fugiu e não foi localizado até esta publicação.
“Providenciamos um requerimento de medida protetiva de urgência. Infelizmente, não foi possível efetuar a prisão em flagrante do suspeito, pois ele tem uma certa ‘habilidade’ para pular muros e fugir da polícia”, disse o delegado Hugo Abdon de Lima.
A mulher foi resgatada e encaminhada ao Pronto Socorro Municipal, com ferimentos e escoriações pelo corpo.
A polícia informou que a vítima já recebeu alta e prestou depoimento sobre a tortura sofrida nas últimas 72 horas.
Segundo a polícia, o local onde a mulher foi presa pelo ex era pequeno e apertado e não havia local adequado para fazer as necessidades fisiológicas.
Conforme investigação da polícia, o suspeito é usuário de drogas e tem comportamento agressivo. Ele possui diversas passagens criminais por furto e outros delitos.
Sessões de tortura
A vítima contou à polícia que mesmo diante da negativa em continuar com o suspeito, ele a pegou à força da casa da mãe dela e a manteve em cárcere privado.
De acordo com o depoimento da mulher, ela foi agredida com uma faca, um pedaço de madeira, além de socos e chutes. O suspeito também teria ameaçado a ex para não dizer nada à família sobre as agressões.
Ainda segundo a polícia, anterior a essa última sessão de agressões, o suspeito havia amarrado os pés e as mãos da vítima com um cadarço de tênis e a enforcou com um fio de energia.
Após o depoimento da mulher, o delegado encaminhou representação à Justiça pela prisão preventiva do suspeito e a medida protetiva de urgência.
Fonte: g1
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