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Polícia

Ofensas e Perseguições: Ex-sócios de Motorista de Porsche Denunciam Abusos

 

Ex-sócios de Igor Sauceda, motorista do Porsche amarelo envolvido na morte do motoboy Pedro Kaique Ventura, relatam ofensas e ameaças após rompimento de sociedade em bar na zona oeste de São Paulo.

Acusações de Ofensas

Ex-sócios do empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, revelaram que ele, responsável pelo Porsche que matou o motoboy Pedro Kaique Ventura, de 21 anos, na última segunda-feira (29/7), debochava deles e os insultava após o rompimento da sociedade no bar Beco do Espeto, localizado na zona oeste de São Paulo. Igor os chamava de “pobres” e “negros”. As declarações foram feitas em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Beatriz Silva dos Santos, uma das ex-sócias, mencionou que recebia frequentes ameaças de Igor, incluindo ameaças de morte. Segundo ela, o empresário tinha um comportamento agressivo, frequentemente proferindo xingamentos, cuspindo e ameaçando de morte seus ex-sócios.

A família de Beatriz, antiga sócia da família de Igor, tornou-se concorrente ao abrir um bar na mesma rua do estabelecimento de Sauceda.

“Ele zombava de nós, chamando-nos de pobres e negros, dizendo que não teríamos sucesso em um bairro de ricos e pessoas brancas”, relatou Beatriz. Segundo ela, Igor afirmava que a família dela não teria retorno financeiro ao abrir um bar próximo ao de sua família no Itaim Bibi, após o término da parceria.

Eric Silva dos Santos, irmão de Beatriz e também ex-sócio de Sauceda, afirmou que o empresário o agrediu com um soco no rosto em 2021, após uma briga.

Relatos de Perseguição

Outro ex-sócio do Beco do Espeto relatou ter sido perseguido por Igor Ferreira Sauceda há 10 dias. Erinaldo Joaquim dos Santos, pai de Beatriz e Eric, contou ao Metrópoles que no último dia 20 de julho, ao voltar para casa com a família, foi surpreendido pelo Porsche amarelo de Igor na Avenida das Nações Unidas. Ele relatou que Sauceda fez várias manobras perigosas com o carro. A cena foi registrada em vídeo pela filha de Erinaldo.

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“Estávamos em perigo. Ele queria me matar”, afirmou Erinaldo. “Ele nos fechou de forma semelhante ao que fez com Kaique. Quando pensávamos que ele tinha ido embora, ele reapareceu, acelerando ao nosso lado para provocar”, completou.

Beatriz confirmou a história em entrevista à TV Globo. “Ele fazia manobras perigosas na nossa frente, freando bruscamente. Percebi que ele usava o carro como uma arma. Estávamos a cerca de 100 a 150 metros de onde Pedro Kaique morreu.”

Erinaldo relatou que a perseguição na Avenida das Nações Unidas foi mais uma das ameaças recebidas da família Sauceda. Em 13 de junho, o pai de Igor, Fernando Sauceda – conhecido como Gaúcho – teria ameaçado Erinaldo de morte, conforme registrado em um boletim de ocorrência no 102º Distrito Policial da capital.

Segundo o boletim, Fernando Sauceda teria passado por Erinaldo de carro e dito que ele morreria “nos próximos dias”.

Erinaldo explicou que a rixa entre as famílias começou quando eram sócios. Segundo ele, “Gaúcho teria passado a perna nele”.

“Fizemos uma parceria com o ‘Bequinho do Espeto’ em 2014. Quando a prefeitura decidiu fechar o estabelecimento devido a aglomerações, fizemos uma parceria com eles em nosso estacionamento ao lado. Primeiro, eles convenceram meu sócio e depois passaram a perna em mim. Quando conseguiram o que queriam, fizeram o mesmo com meu sócio”, lembrou.

Ações Legais

Após a repercussão da morte de Pedro Kaique, a família decidiu levar os vídeos da perseguição à polícia e solicitar a instauração de um inquérito policial.

O advogado Daniel Biral, que representa Erinaldo, argumentou que os vídeos comprovam que as ameaças feitas anteriormente eram reais.

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“Fomos à delegacia para continuar o processo e permitir que o delegado instaurasse um inquérito. Os vídeos comprovam as ameaças. O comportamento passou das palavras para ações reais, como visto no dia 20. Isso poderia ter causado danos graves aos meus clientes”, afirmou Biral.

Prisão de Igor Ferreira Sauceda

Igor Ferreira Sauceda foi preso em flagrante nessa segunda-feira (29/7) por homicídio doloso com dolo eventual. No dia 30 de julho, a prisão foi convertida em preventiva em audiência de custódia no Fórum da Barra Funda.

A juíza Vivian Brenner de Oliveira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, declarou que Sauceda usou seu carro, um Porsche Cayman amarelo, como uma “arma” para perseguir e matar o motoboy.

Para a magistrada, o fato de Sauceda não ter ingerido bebidas alcoólicas “não diminui a gravidade de sua conduta”.

“Pelo contrário, não estando alcoolizado, ele tomou a decisão clara e consciente de perseguir um motoqueiro desconhecido após este ter danificado seu retrovisor, aumentando a reprovação de sua conduta e demonstrando o perigo de sua liberdade. Necessária, portanto, a prisão preventiva para proteger a sociedade e manter a ordem pública”, escreveu a juíza.

“As imagens são claras e mostram que o indiciado usou seu veículo como uma verdadeira arma.”

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