O Ministério da Defesa informou que 73.242 militares das Forças Armadas, incluindo ativos, inativos, de carreira e temporários, pensionistas, dependentes e anistiados receberam indevidamente o auxílio emergencial de R$ 600.
Em nota, a pasta informou que os comandos das três Forças (Aeronáutica, Marinha e Exército) abriram processo para investigar a participação de cada um de seus integrante em possíveis irregularidades e que os valores recebidos de forma indevida serão devolvidos à União e foram instruídos a passar um ‘pente fino’ na tropa.
“Os Ministérios da Defesa (MD) e da Cidadania (MC) informam que, dos quase 1,8 milhão de CPFs constantes da base de dados do MD, 4,17% (73.242) receberam o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal. Isso inclui militares (ativos e inativos, de carreira e temporários), pensionistas, dependentes e anistiados. Assim que o Ministério da Defesa e o Ministério da Cidadania fizeram o cruzamento de dados e identificaram a possibilidade de eventuais recebimentos indevidos, os Comandos das Forças Armadas foram acionados para apurar possíveis irregularidades (…) Havendo indícios de práticas de atos ilícitos, os Ministérios da Defesa e da Cidadania adotarão todas as medidas cabíveis, mantendo sempre o compromisso com a transparência”, diz a nota a Defesa.
A devolução poderá ser feita de maneira voluntária, com o pedido de estorno do crédito bancário ou pagamento via Guia de Recolhimento da União (GRU), no respectivo valor. Quem não devolver os recursos será inscrito na Dívida Ativa da União e cobrado compulsoriamente.
Punição
Na manhã desta quarta (13), na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro disse que os militares que forem identificados serão punidos administrativamente e terão que devolver o dinheiro. Ele afirmou que a maioria dos casos foram com jovens que prestam o serviço militar obrigatório.
“No nosso meio, quando acontece coisa errada no nosso meio militar, o bicho pega. Estão sendo investigados, vão pagar, vão devolver o dinheiro e vão pegar punição disciplinar. Coisa que não acontece com frequência em outras áreas”, disse o presidente.
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