Dono da empresa foi preso na quinta-feira (5/9) durante a Operação Integration
A Esportes da Sorte, uma empresa de apostas, está sob investigação por suspeita de lavagem de dinheiro por meio do jogo do bicho, em Pernambuco. Darwin Henrique da Silva Filho, dono da empresa, foi preso junto com sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, na quinta-feira (5/9). A operação também resultou na prisão da influencer Deolane Bezerra.
Investigação do Coaf
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou atividades suspeitas envolvendo a empresa. Com base nesses relatórios, a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a Operação Integration em 4 de setembro, pedindo à Justiça a quebra de sigilo fiscal de envolvidos na administração da Esportes da Sorte.
Ligações com o jogo do bicho
O relatório policial também cita Darwin Henrique da Silva, pai do CEO, que estaria envolvido com o jogo do bicho através da Banca Caminho da Sorte. Em dezembro de 2022, a polícia apreendeu R$ 180 mil em espécie na sede da banca, no bairro Afogados, em Recife. A quantia evidenciou a prática ilegal do jogo do bicho, considerada contravenção penal.
Provas documentais
Documentos apreendidos revelaram uma ligação direta entre a Banca Caminho da Sorte e a Esportes da Sorte. Entre as provas, um caderno detalhava as apostas e prêmios pagos no jogo do bicho e em eventos esportivos, como o futebol.
Hospedagem e fraudes
A polícia também descobriu que a Esportes da Sorte operava seu site de apostas através da Gaming N.V., uma empresa registrada em Curaçao, um paraíso fiscal no Caribe. O CTO da Gaming N.V. mora em Recife, apesar de o site estar registrado em Curaçao, o que configuraria fraude à legislação brasileira.
Lavagem de dinheiro
O delegado responsável pela investigação destacou que os recursos provenientes dessas atividades ilegais eram lavados por meio de patrocínios. A operação incluiu a quebra de sigilo fiscal de todos os envolvidos, que são suspeitos de integrarem uma associação criminosa focada no jogo do bicho e apostas esportivas.
Em sua defesa, Darwin Filho afirmou que, como representante da empresa, sempre colaborou com as autoridades. Ele destacou que as atividades lícitas da empresa devem ser diferenciadas das práticas criminosas.
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