O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma variação de 0,39% em junho. O grupo “Alimentação e Bebidas” foi o principal responsável por essa alta. Dentro deste grupo, a “Alimentação no domicílio” se destacou, com a batata inglesa, o leite longa vida e o tomate sendo os itens que mais subiram no período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alimentação fora do Domicílio
No setor de alimentação fora do domicílio, o aumento nos preços do lanche (0,80%) e da refeição (0,51%) foram os principais fatores que contribuíram para a alta.
Habitação
O grupo “Habitação” registrou a segunda maior elevação entre os nove pesquisados, com um aumento de 0,63% no mês. Esse aumento foi puxado pela alta de 2,29% na “Taxa de água e esgoto”, influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba a partir de 17 de maio. A “Energia elétrica residencial” também subiu 0,79% em junho, contribuindo para a elevação no grupo “Habitação”. Este aumento resultou dos reajustes tarifários em Salvador, Recife, Fortaleza e Horizonte.
Saúde e Cuidados Pessoais
O grupo “Saúde e Cuidados Pessoais” registrou uma alta de 0,57% no período de coleta. Este aumento foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços dos “Planos de saúde”, decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024.
Queda em Transportes
O setor de “Transportes” registrou uma queda de 0,23% no período, devido principalmente à redução nos preços das “Passagens aéreas” (-9,87%) e dos “Combustíveis” (-0,22%). Houve diminuições em todos os produtos: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem “Táxi” apresentou um aumento de 0,18%, influenciado pelo reajuste de 17,64% no Recife a partir de 22 de abril.
Coleta de Dados
O IBGE realizou a coleta de preços entre 16 de maio e 14 de junho, comparando-os com os preços coletados de 16 de abril a 15 de maio de 2024. O indicador abrange famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e cobre as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Créditos: Theo Saad, Metrópoles.
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