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Entrada e fachada do Banco Central, em Brasília. | Sérgio Lima/Poder360 11.01.2022

economia

BC mantém taxa Selic em 10,50% ao ano, em linha com expectativas do mercado

 

O Banco Central, através do Comitê de Política Monetária (Copom), decidiu nesta quarta-feira (31) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano. Essa é a segunda reunião consecutiva em que o comitê opta por não alterar a taxa.

A decisão foi unânime entre os diretores do Copom, incluindo aqueles indicados pelo presidente Lula, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A instituição argumenta que o cenário atual das contas públicas poderia aumentar a inflação caso a Selic fosse reduzida.

Lula, em várias ocasiões, fez apelos e críticas ao Banco Central, pedindo a redução dos juros. Contudo, a instituição alerta que uma política fiscal responsável é crucial para manter a inflação sob controle.

Em julho do ano passado, a Selic estava em 13,75% ao ano. Após uma série de cortes iniciados em agosto, a taxa foi reduzida para 10,50% em junho deste ano, permanecendo nesse nível desde então, o menor desde fevereiro de 2022, quando a taxa era de 9,25%.

Razões apresentadas pelo Copom

O Banco Central destacou novamente a influência das contas públicas nas decisões sobre a taxa de juros. O governo Lula tem a meta de alcançar déficit zero em 2024 e 2025, mas há incertezas no mercado sobre essa meta ser alcançada.

“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, impactando assim a política monetária”, afirma o comunicado.

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Além disso, o comunicado cita as incertezas externas e o aquecimento do mercado de trabalho no Brasil.

O Copom ressaltou que a política monetária deve permanecer contracionista o tempo necessário para consolidar o processo de desinflação e ancorar as expectativas de inflação na meta.

“O Comitê se manterá vigilante e reitera que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, conclui o comunicado.

O Copom

O Copom é composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores. Destes, quatro foram indicados pelo presidente Lula.

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, influenciando as taxas de juros de empréstimos, financiamentos e investimentos no país.

Expectativa do mercado

Para o final de 2024, o mercado financeiro espera que a taxa básica de juros permaneça em 10,50% ao ano, conforme o relatório “Focus” divulgado pelo Banco Central. A pesquisa considera a opinião de mais de 100 instituições financeiras.

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O mercado não espera novas reduções da Selic neste ano, mantendo-se estável após sete cortes consecutivos desde agosto do ano passado.

Vigilância

Em junho, o Banco Central, ao divulgar a ata da reunião anterior, reforçou a necessidade de uma “atuação firme” para controlar as expectativas de inflação, que seguem elevadas. Além disso, mencionou que “eventuais ajustes futuros” na taxa de juros, incluindo possíveis aumentos, serão determinados pelo compromisso de convergência da inflação à meta.

Próximas reuniões em 2024

O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir o patamar da Selic. Em 2024, o comitê tem agendadas mais três reuniões:

  • 17 e 18 de setembro
  • 5 e 6 de novembro
  • 10 e 11 de dezembro

 

 

 

 

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