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Tesouro Direto: juros de prefixados caem com Focus e desoneração da folha em pauta

 

Teto do Tesouro Prefixado tem taxa anual de 11,09% no início da sessão, títulos de inflação pagam juro real de até 5,80%

A última semana de novembro começa com os juros dos títulos do Tesouro Direto em queda. Nesta segunda-feira (27), investidores repercutem o boletim Focus e analisam o cenário político no Brasil.

O relatório Focus divulgado pelo Banco Central hoje mostrou que a estimativa de analistas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2023 caiu de 4,55% na semana passada para 4,53% na leitura recente. Enquanto isso, a previsão para o próximo ano continuou em 3,91%.

Para a evolução do PIB (Produto Interno Bruto), a mediana das projeções para este ano caiu de 2,85% para 2,84%. As projeções para 2024 (1,50%), 2025 (1,93%) e 202 (2%) seguem estáveis.

Na seara política, o foco do mercado está na desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia que mais empregam no Brasil. O projeto aprovado pelo Congresso foi vetado integralmente pelo presidente Lula na semana passada, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu o texto, durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na noite do último domingo.

O Congresso pode derrubar o veto do governo, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu enviar um projeto substitutivo para análise de senadores e deputados. Sobre a proposta, Pacheco disse que “se for apresentada, sentaremos e vamos avaliar a substituição. O importante é que seja até 31 de dezembro”.

Na esfera fiscal, um julgamento do Supremo Tribunal Federal pode ter impacto positivo para os cofres públicos. A Corte avalia uma possível mudança nos cálculos dos precatórios (dívidas decorrentes de decisões judiciais sobre as quais o governo não pode recorrer).

O julgamento é de grande interesse do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca abrir caminho para o atual governo quitar o estoque de precatórios por meio de créditos extraordinários, ou seja, fora do novo limite de gastos, além de alterar a forma como essas despesas são contabilizadas.

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No Tesouro Direto, os prefixados ofereciam remuneração menor na primeira atualização do dia, às 9h22, em comparação com o início da sessão de sexta-feira (24). O Tesouro Prefixado 2026 tinha juro anual de 10,23% ante 10,31% na última sessão, enquanto o Tesouro Prefixado 2029 pagava 10,88% ao ano contra 10,90% na sexta.

A taxa do Tesouro IPCA+ 2029 caía de 5,54% para 5,51%, ao mesmo tempo em que a remuneração do título de inflação com vencimento em 2055 recuava de 5,80% para 5,78%. Os juros reais dos papéis com vencimento em 2035 e 2045 ficavam estáveis em 5,66% e 5,80%, respectivamente.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta segunda-feira (27):

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