Suspeitos estão entre 14 detidos em força-tarefa da Polícia Civil contra tráfico e organização criminosa nesta sexta-feira (18). Sete pessoas permanecem foragidas.
Uma idosa de 67 anos e o dono de uma gráfica estão entre os alvos da Operação Antessala, realizada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (18) em Barretos (SP) contra uma organização especializada no tráfico de drogas.
Segundo o delegado Rafael Faria Domingos, eles estão entre os 14 presos até o início da tarde entre os 21 que foram alvos de mandados judiciais de prisão.
A idosa é suspeita de ajudar o neto, foragido, na atividade criminosa, enquanto o proprietário da gráfica é apontado por ter elaborado os adesivos usados para identificar as drogas vendidas na cidade.
“Se destaca nessa operação o envolvendo de uma senhora já idosa que auxiliava o seu neto que se encontra foragido na distribuição de drogas nos mais variados pontos da cidade de Barretos e também a participação de um indivíduo, dono de uma gráfica, que, tendo consciência disso, imprimia adesivos que eram utilizados nos microtubos de cocaína para poder identificar a quem pertenceria a droga, qual era a origem da droga”, explica.
Dez homens serão levados para a Cadeia Pública de Colina (SP), enquanto duas mulheres serão encaminhadas para a Cadeia Pública de Bebedouro (SP). Os dois menores detidos na ação serão levados para a Fundação Casa de Araraquara (SP). Outros sete permanecem foragidos.
Durante a operação, a Polícia Civil também apreendeu cocaína, dinheiro, materiais de contrabando e de exploração de jogos de azar durante a força-tarefa.
Todos os investigados serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Segundo o delegado, as investigações prosseguem por ao menos mais 30 dias na busca por mais envolvidos.
Operação ‘Antessala’
O nome da força-tarefa é uma tradução livre do inglês para a palavra lounge, em alusão a um estabelecimento comercial suspeito de ter sido utilizado no tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil.
As investigações começaram a partir de informações obtidas na Operação Quinta Avenida, realizada em 2021, quando foram presas seis pessoas e foram cumpridas 23 ordens judiciais de busca.
Na ocasião, agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) descobriram que havia mais pessoas envolvidas no esquema criminoso.
As equipes apuraram que, dentro dessa organização, havia uma divisão hierárquica, entre os que comandavam e eram responsáveis pelo abastecimento das chamadas “biqueiras” – os pontos de venda – e aqueles que faziam a comercialização do entorpecente, que geralmente era cocaína.
Além disso, os investigadores descobriram que, como forma de identificar a origem da droga comercializada, os traficantes encomendavam adesivagem própria nas embalagens a uma gráfica.
Fonte: g1
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