Polícia Civil concluiu que o homem realmente matou a mulher e que os Filhos o agrediram para que ele revelasse onde ela estava. Irmãos foram presos em flagrante e seguem detidos.
Os Filhos Lucas e Bruno Gonçalves de Oliveira, de 28 e 26 anos, foram indiciados por tortura e matar o pai, Sendomar Lucindo de Oliveira, 54, em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Civil, os jovens cometeram o crime tentando fazer o homem contar onde a mãe deles, Edna Gonçalves dos Santos, 47, estava, desconfiando que ela fora morta por ele.
O NoticiaTem não conseguiu descobrir quem representa a defesa dos irmãos para pedir uma posição sobre o caso. De acordo com a Polícia Civil, os dois preferiram permanecer em silêncio ao serem interrogados.
O inquérito foi finalizado no último dia 2 de fevereiro e concluiu que Sendomar matou Edna e que os irmãos mataram o pai.
O delegado Alex Miller contou que os laudos apontaram que a morte de Sendomar foi lenta e causada por uma hemorragia pequena no rim, e que só aconteceu após sofrimento intenso.
“Havia diversas lesões no corpo feitas por pedaços de pau, instrumentos perfurantes, simularam que o queimariam – chegaram a jogar diesel, mas não atearam fogo. Foi um contexto trágico, com crueldade”, disse.
O NoticiaTem entrou em contato com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) às 12h30 por e-mail e aguarda retorno para saber se os irmãos foram ou serão denunciados.
Tortura e morte
Segundo as investigações, familiares presenciaram quando os irmãos encontraram o pai e o perguntaram sobre a mãe deles, Edna Gonçalves.
As testemunhas contaram à Polícia Civil que Sendomar teria dito que tinha “dado um sumiço” na mulher e os filhos começaram a agredi-lo para que ele contasse onde ela estava. As apurações indicaram que o casal estava separado e discutindo sobre a divisão de bens.
“As testemunhas disseram que, após o pai mencionar que teria matado a mulher, os irmãos o amarraram e começaram as agressões. Um deles tentou impedir, mas foi repelido pelos irmãos. Outro foi à cidade e chamou a Polícia Militar”, contou o delegado.