A 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou nesta quinta-feira (15), Ação Penal que teve como réu Rogério Alexandrino dos Santos, acusado de matar o filho, de sete anos, em 2019. O Conselho de Sentença do Júri considerou o réu culpado da acusação e acatou as qualificadoras previstas na lei penal. Ele foi condenado a pena total de 29 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado
Rogério está preso desde o dia 17 de junho de 2019, quando teve a prisão preventiva decretada pela Justiça estadual. Esse período em que encontra-se preso será abatido da pena total aplicada pelo magistrado, após a condenação pelo Conselho de Sentença
A Sessão de Julgamento Popular foi presidida pelo juiz de direito Rosberg de Souza Crozara. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) designou o promotor de Justiça José Felipe da Cunha Fish para atuar na acusação. O réu foi assistido pelo defensor público Rafael Albuquerque Maia.
Entenda o caso
De acordo com o inquérito policial que consta dos autos, Rogério levou o filho para um imóvel próximo à residência onde moravam e, aproveitando-se que estava sozinho com a vítima, efetuou vários golpes na criança com o pedaço de madeira Ainda, conforme o inquérito, logo depois enterrou o corpo no local. A avó da vítima, que cuidava da criança, passou a procurar pelo neto e alertou a polícia, que foi à residência para tomar as declarações do pai, momento em que ele confessou ter matado o filho e o enterrado no local do crime.
Segundo o então delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehs), Paulo Martins, o pai afirmou em depoimento que matou o filho para se vingar da sua própria mãe, que sempre criou a criança
“Ele é réu confesso. Disse que fez pra se vingar da sua ‘mãe de criação’ dele. A mulher, que adotou e criou o suspeito, estava agora criando o neto de 7 anos. Ela o amava. O suspeito conta que ele e a mãe brigavam muito. Ela cobrava que ele mais cuidasse do filho, jogava na cara que ele não dava atenção. Daí, ele se aborreceu e fez isso”, afirmou o delegado à época
De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, um mês após ter nascido, a mãe biológica do menino o entregou para o pai. Ele, por alegar não ter condições para a criação, o entregou para sua própria mãe. Desde então, a criança morava com a avó na Zona Norte de Manaus.
Fonte: g1
Veja também: Justiça condena ativista da causa animal que ofendeu filha de jurado do Masterchef