Capitais sem chuvas amanhecem encobertas por fumaça
Neste domingo (25/8), as capitais Brasília, Goiânia e Belo Horizonte amanheceram sob uma densa camada de fumaça. Essas regiões enfrentam mais de 100 dias sem chuvas, mas o céu nublado não indica a chegada de precipitações.
Causas da fumaça no centro do país
Especialistas já haviam alertado sobre a possibilidade de a fumaça se deslocar para o centro do país durante o fim de semana. Esse fenômeno é causado pelo aumento significativo das queimadas, especialmente no Pantanal, na Amazônia e na Região Sudeste. Os ventos transportaram a fumaça, que chegou até essas capitais.
Situação em Brasília e Goiânia
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou que a fumaça em Brasília resulta dos incêndios que ocorreram ao longo da semana. Mesmo assim, a corporação destacou que, nesta manhã, não há focos de incêndio ativos.
De forma semelhante, o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) relatou que não há incêndios significativos em vegetação na Região Metropolitana de Goiânia. Apesar disso, vários focos foram combatidos no sábado. Provavelmente, essa situação, aliada a mudanças climáticas, causou a neblina de fumaça observada na manhã de domingo.
Aumento dos focos de queimadas
A intensificação das queimadas é a principal causa do corredor de fumaça. Segundo o Inpe, mais de 22 mil focos de incêndio foram registrados na Amazônia Legal em agosto. Esse número é muito superior ao do ano passado, que registrou 12 mil focos.
Em outras partes do país, a situação também é preocupante. O Brasil atravessa o pior momento em relação aos focos de incêndio na última década.
Outro fator relevante é a seca, que favorece novos focos de incêndio e as queimadas ilegais. A estiagem geralmente ocorre entre agosto e outubro, com pico em setembro, mas, neste ano, a seca começou ainda em julho.
Incêndios no interior de São Paulo
No interior de São Paulo, os moradores de Ribeirão Preto ficaram em pânico no final da tarde de sábado (24/8) devido aos focos de incêndio que atingiram áreas urbanas. A cidade, com mais de 700 mil habitantes, foi coberta por nuvens de fumaça, que transformaram o dia em noite.
Cidades como Campinas, São Carlos e Matão também sofreram com o fogo e a poeira.
O estado de São Paulo registrou, até o último levantamento, 2.316 focos de incêndio, um recorde para o mês de agosto. A situação é tão crítica que as Forças Armadas foram mobilizadas para ajudar no combate ao fogo.
Neste domingo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou situação de emergência por 180 dias em 45 municípios do estado, devido aos incêndios florestais registrados entre os dias 4 e 24 de agosto.
Segundo o monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Defesa Civil, 41 cidades paulistas estão em alerta máximo para queimadas, e 25 enfrentam focos ativos de incêndio devido à onda de calor que atinge todo o estado.
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