A Polícia Federal identificou conversas que expõem um suposto plano de golpe envolvendo militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em mensagens, um general é citado como “informante” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o relatório da PF, o diálogo foi enviado ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e menciona críticas a generais que não aderiram ao esquema. Entre eles, o general Valério Stumpf, que liderou o Comando Militar do Sul.
Nas mensagens, um interlocutor conhecido como “Riva” aponta que militares consideraram a atitude dos generais como “lesa-pátria” por supostamente negociarem a saída de Bolsonaro, enquanto outro participante os acusa de “traidores”. O parecer da PF sugere que o documento rasgado na reunião pode ser o Decreto de Golpe de Estado, elaborado pelo ex-presidente.
General se torna alvo de ataques
As investigações também revelaram ataques direcionados a militares que rejeitaram a tentativa de ruptura institucional. Nomes como Valério Stumpf, Richard Nunes e Tomás Paiva aparecem em listas compartilhadas por grupos que apoiavam o movimento.
Os generais André Luís Novaes Miranda e Guido Amin Naves também foram citados. Ambos atuaram contra a adesão de militares aos atos de 7 de Setembro de 2022 e a outras iniciativas golpistas.
O general Stumpf, antes de liderar o Comando Militar do Sul, ocupou o cargo de secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional no governo Michel Temer. Ele foi uma das figuras centrais nas investigações por não apoiar os atos antidemocráticos.
Mais em Portal Notícia Tem.