Cerca de 60 agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão, ordenados pelo STF, em locais de Brasília e Goiás.
A Polícia Federal (PF) investiga o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e seus assessores na Operação Discalculia, realizada nesta sexta-feira (25/10). A operação busca desmantelar uma rede criminosa acusada de desviar recursos parlamentares e falsificar documentos para criar uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Com cerca de 60 agentes, a PF executa 19 mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorrem em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO). Além de buscar na residência de Gayer, os policiais estiveram em seu gabinete, na capital federal, e nas casas de seus assessores.
Após o início das investigações, Gayer divulgou um vídeo em redes sociais, no qual ele critica o ministro Alexandre de Moraes, responsabilizando-o pela operação, e se refere à PF como um “instrumento de repressão”. Ele afirma: “Esse é o país em que vivemos hoje, onde a democracia custa caro. Levaram meu celular e meu HD, claramente numa tentativa de prejudicar meu candidato Fred Rodrigues.”
Em sua fala aos agentes, Gayer expressou indignação: “Eu disse à PF que é inacreditável que a corporação, que tanto respeitamos, agora seja usada como instrumento de opressão. Esse é o momento em que a esperança parece desaparecer.”
Crimes investigados
A Operação Discalculia investiga crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e peculato. A ação recebeu o nome Discalculia – em alusão ao transtorno de aprendizagem relacionado a números – devido à falsificação de datas na Ata de Assembleia da Oscip, supostamente registrada em 2003, com a inclusão de nomes de pessoas que, na época, eram crianças.
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