Do pão em São Paulo, ao supermercado nas grandes capitais europeias, passando pelo interior da África, a guerra na Ucrânia ameaça elevar os preços de alimentos pelo mundo. Dados divulgados nesta sexta-feira pela FAO, a agência de alimentos da ONU, revelam que o confronto militar entre duas potências agrícolas – Rússia e Ucrânia – devem levar ao aumento de mais de 20% em média nos preços de alimentos no mundo.
Segundo a FAO, mesmo antes da guerra eclodir, o mês de fevereiro já registrou a maior alta nos preços de commodities agrícolas. Mas, com o conflito, a previsão é de que a tendência seja de um aumento ainda maior a partir de março e abril, com até 30% das terras aráveis ucranianas não podendo ser utilizadas.
De acordo com a agência, apenas parte do abastecimento global conseguirá ser substituído por produtos de outras regiões do mundo. O restante, porém, viveria de fato uma escassez.
Nesta sexta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, também declarou que tanto os europeus como africanos deveriam esperar por um impacto profundo nos preços de alimentos. A previsão é de que a.
Fome
Outra preocupação da FAO se refere à fome nos países mais pobres. Hoje, cerca de 50 países pelo mundo dependem dos cereais russos e ucranianos para abastecer mais de 30% de sus mercados.
Sem esses produtos, a FAO estima que entre 8 milhões e 13 milhões de pessoas podem ser incorporadas no exército de famintos pelo mundo, em grande parte na Ásia, África e Oriente Médio. Hoje, o Programa Mundial de Alimentação compra 1,4 milhão de toneladas para distribuir aos países mais pobres do mundo. Mas 70% de toda essa aquisição vem justamente dos dois países que protagonizam a guerra.
No Líbano, 90% do trigo vem da Ucrânia e tem o papel central para a alimentação da Somália e da Síria. Já
FONTE: uol
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