Corpo Identificado
Hoje (20), a polícia encontrou o corpo do soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, desaparecido desde 14 de abril. Ele foi visto pela última vez ao sair de uma adega na comunidade Santo Antônio, no Guarujá (Baixada Santista). Na ocasião, ele entrou em uma biqueira (ponto de venda de drogas) na região.
Localização do Corpo
Após 37 dias de buscas intensas, a polícia encontrou o corpo de Angerami em uma área de mata na Vila Baiana, no Guarujá. Devido ao avançado estado de decomposição, o reconhecimento foi possível somente por meio de uma tatuagem em um dos braços.
Confirmação da Identidade
A Polícia Civil confirmou que o corpo é de Angerami. Os peritos da polícia científica realizaram a confirmação.
Investigação e Prisões
Suspeitos Presos
Até agora, a polícia identificou e prendeu nove suspeitos de envolvimento no assassinato de Angerami. O último preso, um homem de 41 anos, foi capturado no dia 10 deste mês durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça de São Paulo.
Confissão de Edivaldo Aragão
Edivaldo Aragão, de 36 anos, confessou ter participado do sequestro e desaparecimento do soldado. Entretanto, ele foi denunciado à Justiça por obstruir as investigações relacionadas a uma organização criminosa. De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Aragão mentiu às autoridades para proteger os verdadeiros responsáveis.
Declarações e Investigações
Depoimento de Aragão
Aragão foi preso por policiais militares em 14 de abril, poucas horas após Angerami ter sido visto pela última vez. Em depoimento, ele afirmou que participou do sequestro e que o militar foi levado para São Vicente, onde foi morto e jogado da Ponte do Mar Pequeno.
Contradições nas Investigações
As investigações revelaram que Aragão mentiu. Policiais civis traçaram o trajeto da vítima e, com base em relatos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança, confirmaram que Angerami nunca deixou o Guarujá na noite do desaparecimento. Portanto, ele não foi levado para São Vicente.
Detalhes Finais
Relatório da Polícia
Um relatório da Polícia Civil indica que o soldado permaneceu na adega até às 5h55 do dia 14 e depois seguiu de carro até um ponto de venda de drogas, onde foi “rendido violentamente” nas proximidades da esquina das ruas Magnólias e Violetas, no Guarujá.
Histórico Familiar
Luca Romano Angerami vinha de uma família tradicional de policiais. Seu avô, Alberto Angerami, foi delegado-geral adjunto, presidente do Denatran, e está aposentado. Renzo Angerami, pai do policial militar, é investigador da Polícia Civil.
Apelo da Família
Durante o desaparecimento do soldado, seu pai pediu orações e desabafou sobre a dor que estava sentindo, afirmando que estava “morrendo por dentro”. Renzo Angerami compartilhou sua angústia no início do mês em um vídeo publicado nas redes sociais.