Política

Policia Federal Vazamento de dados por Bolsonaro: veja próximas etapas

 

Polícia Federal conclui que houve crime em live em que o presidente divulgou dados sigilosos de uma investigação. Mas a PF não pediu indiciamento, por entender que o presidente tem foro privilegiado.

A Polícia Federal concluiu nesta quarta-feira (2) o inquérito em que o presidente Jair Bolsonaro é investigado por vazamento de dados sigilosos durante uma live sobre urnas eletrônicas, mas decidiu não indiciar o presidente.

A conclusão será entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

Na justificativa, a Polícia Federal alegou que não efetuou o indiciamento, que é o ato formal de atribuir a autoria de determinado crime a um suspeito, porque há um entendimento controverso sobre esse tema no STF em relação a quem tem foro privilegiado.

Segundo a PF, há ministros que entendem que o indiciamento exige a autorização da Corte. Essa questão ainda não foi discutida no plenário do STF.

Próximas etapas

Quando o relatório da Polícia Federal chegar ao ministro Alexandre de Moraes, ele pode:

  • Enviar as conclusões da PF para avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR)
  • Em seguida, a PGR decidirá se cabe apresentar uma denúncia à Justiça, arquivar o caso ou pedir mais diligências (levantamento de provas).
  • Se a PGR denunciar Bolsonaro ao STF, a Câmara dos Deputados terá de autorizar o prosseguimento do processo. Somente depois, o presidente é julgado pelo Supremo. Se não houver autorização, o processo fica suspenso até o final do mandato do presidente.

 

Em tese, Moraes também pode, se quiser, decidir se pronunciar sobre o indiciamento. Nesse caso, ele poderia autorizar a PF a apresentar o indiciamento, por entender que o foro privilegiado não é um impedimento. Mas o pedido para Moraes se manifestar sobre indiciamento não foi feito ao ministro pela PF.

Discussão sobre o foro

Em 2018, o ex-presidente Michel Temer foi indiciado com mais dez pessoas sob a suspeita de integrar um suposto esquema para favorecer empresas na edição de um decreto sobre o setor portuário. O foro privilegiado de Temer, à época, não foi considerado obstáculo para o indiciamento.

Propaganda. Role para continuar lendo.

Naquele caso, o indiciamento foi mantido pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, que negou pedido da defesa para anular o caso sob o argumento de que a PF agiu sem autorização da Corte.

Fonte: g1

Veja Também: Bebê de 1 ano e 4 meses diagnosticado com Covid-19 morre à espera de leito de UTI

 

Confira Também

Política

  Primeira-dama brasileira causa polêmica ao atacar Elon Musk em discurso sobre redes sociais, e o bilionário responde nas redes. Lula apazigua, mas o...

Polícia

  Projeto de Lei 6212/23 Avança: O que Mudou? Nesta terça-feira (8), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que estabelece um...

Polícia

 Polícia Federal propõe restrições de saque ao Banco Central após apreensão recorde de dinheiro em espécie; R$ 590 mil só no dia da votação....

Política

 A plataforma X Brasil, antiga Twitter, está no centro das atenções após informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pagará R$ 28,6 milhões em...

Polícia

 Um incidente inesperado marcou a viagem do presidente Lula nesta terça-feira (1º) após a decolagem do aeroporto da Cidade do México. Ministros do Palácio...

Política

 Com o primeiro turno das eleições se aproximando, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) está pronta para garantir que tudo ocorra da melhor...

Política

 Na noite de terça-feira (1º), o Ministério da Fazenda anunciou a tão aguardada lista das casas de apostas virtuais autorizadas a operar no Brasil....

Direito autoral © 2022 Noticiatem.com feito por Sbfagencia.com

Sair da versão mobile