Em questão de horas, a artista do Rio de Janeiro viu uma queda de mais de 200 mil seguidores depois de revelar um clipe musical que explorará aspectos de sua fé no Candomblé.
A cantora Anitta já viu uma queda de mais de 200 mil seguidores no Instagram em apenas algumas horas após compartilhar imagens de seu novo videoclipe, onde ela presta homenagem à sua religião, o candomblé. Durante uma transmissão ao vivo realizada nesta segunda-feira (13/5), a artista expressou sua surpresa com a reação à postagem e com a intolerância religiosa que enfrentou. “Estou chocada com a repercussão desde que anunciei meu novo clipe, que será lançado nesta quarta-feira. É um vídeo no qual compartilho minha fé. Não apenas a minha, mas também a fé de todos os envolvidos na produção. (…) Há diversas religiões representadas no clipe”, declarou.
“Anitta: Fé, Intolerância e Prioridades – Uma Reflexão Sobre Aceitação e Autenticidade”
Nesta manhã de segunda-feira, Anitta anunciou o lançamento do videoclipe da sua música “Aceita”. Compartilhando imagens de sua experiência em um terreiro de candomblé, a artista revelou que o clipe, agendado para quarta-feira (15/5), abordará essa temática religiosa. Expressando preocupação, Anitta questionou a falta de progresso na aceitação e compreensão dos caminhos individuais das pessoas nos dias atuais. “Percebo um retrocesso alarmante, onde a intolerância cresce em vez de diminuir. Como é possível que, com o passar do tempo, as pessoas se tornem mais intolerantes ao invés de se respeitarem e aceitarem mais?”, ponderou.
A cantora declarou sua decisão de não apagar os comentários intolerantes em suas postagens. “Acredito ser importante mantê-los visíveis para mostrar que essa intolerância existe e precisa ser combatida”, explicou. “Ninguém é obrigado a me seguir ou a gostar de mim. Mas se você gostava e agora decide parar de seguir porque pratico minha fé, para mim, isso é intolerância. Intolerância é não aceitar, é não querer ver, é excluir”, acrescentou.
Anitta afirmou não se preocupar com a perda de seguidores, revelando sua conexão com a divindade Logun Edé, ligada às águas e florestas na religião de matriz africana. “Quando expresso uma opinião forte, posso acabar perdendo um grande número de seguidores. Mas os bons permanecem, e é ao lado deles que quero estar”, destacou. “Neste momento da minha vida, priorizo qualidade em vez de quantidade. Busco relevância e orgulho no que faço, independentemente do sucesso”, assegurou.
“Se isso significa trocar um show para 20 mil pessoas por um para 5 mil, está tudo bem, desde que eu esteja feliz. Faço o tipo de música que quero fazer. Entendo que são fases da vida. Já valorizei muito o material, a quantidade, o tamanho. Hoje, valorizo estar em paz comigo mesma e ter tempo para minha espiritualidade”, refletiu.
A cantora também manifestou estar aberta à rejeição por conta de sua fé. “Não consigo sentir raiva. Meu desejo é continuar fazendo coisas que acredito que possam inspirar as pessoas a serem melhores, a buscar evolução”, concluiu.