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Violência doméstica pode ser denunciada em farmácias; na Bahia, seis redes aderem ao projeto

 

Feminicídio cresceu no Brasil durante pandemia do novo coronavírus; ocorrências de agressão caíram

Apesar de uma queda no número de ocorrências policiais de violência doméstica durante a pandemia do novo coronavírus, mais mulheres morreram no país vítimas de feminicídio.
De acordo com o estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na segunda-feira (28), pelo portal Universa, no Brasil, o número de mulheres que foram vítimas deste tipo de crime pulou de 185 para 189, um aumento de 2,2% dos casos. O estudo se baseou em registros de ocorrência de 12 estados brasileiros, entre março e maio deste ano.

Em vista do crescimento destes crimes e redução de registros policiais, a campanha ‘Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica’ luta contra a subnotificação e incentiva mulheres vítimas de agressão a pedirem ajuda em farmácias do país. O projeto orienta a vítima a desenhar um “X” em uma das palmas das mãos e mostrar para um atendente ou farmacêutico, que irá acolher a vítima e entrar em contato com a polícia.

Idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em conjunto com a Anvisa e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o projeto já é realidade em 20 redes de farmácias do país, com mais de 10 mil unidades prontas para o acolhimento.

Na Bahia, seis redes já participam da campanha, são elas: Multifarma, Extrafarma, Farmácia Pague Menos, Raia Drogasil, Redepharma e Singular Pharma, esta última aderiu ao plano na última semana e ainda não consta na lista oficial da CNJ.

Como surgiu

Segundo a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, a campanha foi inspirada em um projeto já existente na Índia, o “Red Dot”. No país, as mulheres vítimas de violência desenham um ponto vermelho na palma da mão para indicar que sofrem agressões dentro de casa e pedir ajuda.

“Estava preocupada com mulheres encarceradas com seus agressores. (…) Então criamos um sinal vermelho, porque é uma parada, um chega, um basta”, explica Gil em entrevista ao Varela Notícias.

O projeto foi iniciado em junho deste ano e, desde então, é implementado em estados e municípios brasileiros. De acordo com a presidente da AMB, a ideia é que a campanha se torne uma “política pública disseminada, para que a gente salve vidas”.

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Como funciona

A orientação, conforme ela, é que após ser abordado por uma vítima, o funcionário do estabelecimento mantenha a calma, conduza a mulher para uma sala reservada e acione a Polícia Militar por meio do 190. Caso a vítima precise ir embora, a orientação é que sejam anotados o endereço e o nome completo.

Segundo Gil, materiais como vídeos educativos e cartilhas são disponibilizados para farmácias, e atendentes e farmacêuticos são treinados para acolher as vítimas. Ela alerta que o papel do funcionário é apenas o de entrar em contato com a polícia e tranquilizar a mulher e eles não possuem responsabilidade de figurar como testemunha de ocorrência.

“Eles estão treinados para isso e algumas visitas que nós fizemos percebemos que estão muito bem treinados. Aí na Bahia, inclusive, houve um movimento da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça, pela desembargadora Nágila Brito, e a Polícia Militar, que visitaram as farmácias para orientação e conseguir também a denúncia. É um movimento bem articulado aí na Bahia”, elogia.

Em Salvador, a Ronda Maria da Penha e a 13ª CIPM acompanharam o trabalho dos representantes do TJ-BA durante visitas a algumas farmácias do bairro da Pituba, como marco do início da campanha na capital do estado. Em nota, a PM ainda orienta que a denúncia deve ser feita através dos números 180 ou 190.

“Vale ressaltar que o objetivo da campanha também é de sensibilizar as pessoas a realizarem a denúncia por aquelas mulheres que não têm condições de fazê-la, essencialmente pela proximidade constante com seu agressor que o isolamento social provoca”, completa a corporação.

Como a campanha ainda é recente, a CNJ explica que ainda não há um balanço de números de mulheres que pediram ajuda nas farmácias do país.

Farmácias

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Na Bahia, uma das redes que já aderiu ao projeto foi a Extrafarma. De acordo com a empresa, o intuito de participar do projeto é o de “incentivar que mulheres denunciem, acolher estas mulheres e, principalmente, proporcionar um ambiente seguro para isso”.

Violência doméstica pode ser denunciada em farmácias

Já a RaiaDrogasil acredita que o movimento dá suporte às vítimas, encoraja e viabiliza as denúncias de agressão. Em nota, o vice-presidente de Operações da RD, Renato Raduan, explica que todas as 2.142 lojas das redes Droga Raia e Drogasil já aderiram ao projeto e estão preparadas para acolher as mulheres “com a discrição e responsabilidade que o tema merece”.

Em Salvador, a Singular Pharma também faz parte da campanha e é a primeira farmácia de manipulação da capital a integrar o projeto. A sócia-fundadora da empresa, Edza Brasil, explica em nota que este tipo de campanha amplia “os canais de suporte às vítimas para que elas possam escapar desse ciclo de agressões”.

As redes Multifarma, Farmácia Pague Menos e Redepharma foram procuradas para comentar a participação na campanha, mas não responderam à solicitação até o fechamento desta matéria.

Violência doméstica pode ser denunciada em farmácias

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