Rigel dos Santos Brito, técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), foi preso na quarta-feira (24/7) durante a Operação Têmis. Ele mantinha uma relação com a facção criminosa PCC para sustentar seu vício em jogos de azar, como o Tigrinho.
Brito utilizava seu acesso aos bancos de dados do tribunal e fornecia informações sigilosas, cobrando apenas R$ 50 por esses dados. A advogada Carla Rufino Freitas, que atuava em Brasília, adquiria as informações e as repassava ao seu cliente, um membro do PCC.
Durante a investigação, a 13ª Delegacia de Polícia de Sobradinho identificou três suspeitos principais: Brito, Carla Rufino e o membro da facção. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) destacou que, apesar do baixo valor cobrado, Brito era frequentemente procurado pela advogada para realizar consultas sigilosas. Anteriormente, ele já havia sido alvo de outra operação policial em 2011, também por corrupção.
Operação Têmis
A investigação teve início após uma tentativa de homicídio no Assentamento Dorothy, em Sobradinho. Carla Rufino levou uma pessoa inocente à delegacia para assumir a culpa do crime, com o objetivo de proteger seu cliente, um faccionado do PCC. Além disso, a advogada negociava a arma do crime com outros clientes, utilizando-a como forma de pagamento por seus honorários.
Além de advogada, Carla também atua como técnica de enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), o que é incompatível com suas atividades advocatícias. Nas redes sociais, ela se descreve como “serva de Deus”, “mãe de pet” e “advogada especialista”.
O nome “Operação Têmis” faz referência à deusa grega da justiça, simbolizando a busca por restaurar a ordem e a ética no sistema judicial.
Fonte: Metrópoles
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