Afastado por 30 dias por decisão do Conselho de Ética, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pela acusação formal de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade, a defesa de Rogério Caboclo ofertou um montante de R$ 12 milhões pela não divulgação de gravações e formalização de denúncia, de acordo com matéria divulgada pelo Fantástico e pelo site G1.com. O acordo foi recusado pela funcionária envolvida.
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A mulher em questão foi orientada por advogados a gravar conversas sempre que estivesse sozinha com o então presidente. O Fantástico divulgou os áudios, posteriormente transcritos, e explica ter confirmado a veracidade das gravações com um perito.
A defesa de Caboclo diz que foi omitido pela denunciante um acordo entre as partes, fato esse prontamente negado pela funcionária. Ele ainda argumenta que o valor de 12 milhões de reais foi pedido pela mesma e que lhe causou estranheza a denúncia, meses após a data da gravação. Em sua versão, explica que minutas do acordo foram trocadas. A defesa da funcionária disse jamais ter havido o pedido, mas sim uma oferta, que foi recusada.
Nos trechos das gravações, registradas em 16 de março, o presidente afastado da entidade inicia conversas de cunho pessoal e sexual, perguntando se a funcionária “se masturba” e se estava “dividida” entre dois funcionários. Caboclo ainda oferece bebida alcoólica a ela.
A mulher em questão alegou sofrer os abusos desde abril do ano passado. No documento de doze páginas usado como base da investigação, ela afirmou ter provas de suas alegações e pediu que Caboclo fosse investigado, afastado pela entidade e, punido pela Justiça Estadual. Ela detalha ter sofrido diversas situações constrangedoras em que foi submetida pelo dirigente.