A Polícia Federal (PF) concluiu que houve desvio de verbas públicas nas creches administradas pela Prefeitura de São Paulo e indiciou 111 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema. A investigação também está em andamento para apurar o possível envolvimento do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O relatório, assinado pelo delegado Adalto Machado, indica uma relação suspeita entre o prefeito e uma das principais empresas envolvidas no esquema de desvio de recursos públicos. A empresa “noteira” atuava na contabilidade de diversas entidades conveniadas com a prefeitura, incluindo a Associação Amigo da Criança e do Adolescente (Acria), presidida por Eliana Targino, ex-funcionária da Nikkey Serviços Ltda., empresa associada a Nunes.
Entre 2018 e 2020, a Acria realizou compras e contratou serviços que somaram R$ 2,5 milhões de uma empresa, devolvendo posteriormente R$ 1,3 milhão em transações suspeitas. Além disso, a Nikkey, empresa registrada em nome da esposa e filha do prefeito, recebeu cheques e transferências suspeitas, incluindo um depósito de R$ 20 mil.
Em depoimento, tanto a esposa quanto o prefeito afirmaram que ele comandava a Nikkey. A PF mantém as investigações abertas para esclarecer o envolvimento de Nunes com a OSC ACRIA.
A assessoria de Nunes negou qualquer irregularidade e classificou as investigações como uma tentativa de prejudicar sua imagem às vésperas da eleição.
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