Vereador de Salvador, Claudio Tinoco (União Brasil) afirmou que terá audiências com Gildásio Penedo Filho, presidente do Tribunal de Contas do Estado, e com a procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti, do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para tratar da a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio.
Tinoco acusa o o secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedur), Eures Ribeiro, de improbidade administrativa e alega que há uma série de irregularidades na obra.
“Vamos apresentar a essas lideranças dessas instituições controle externo o que foi produzido de busca pela transparência e informações, inclusive a tentativa de audiências públicas para oferecer espaçço para esclarecimentos”, declarou Tinoco durante cerimônia para assinatura de convênio entre a Prefeitura de Salvador e escolas-comunitárias, nesta terça (21).
Segundo Tinoco, a obra do VLT tem uma série de problemas, inclusive conceituais. “Entendo que há falta de informação e distorção nas informações, que passam pela denominação errada do equipamento, que é rodante em pneu, não em trilhos. Valores que vinham sendo omitidos por parte da secretaria e prazos que não estão de formas pública esclarecidos em cada um de seus trechos, fazendo com que o secretário tenha emitido informações que não parecem estar lastreadas no contrato. Ele fala que a obra está a pleno vapor e temos documentos admitindo que está em atraso e processo de negociação com o consórcio construtor para novos prazos”, disse Tinoco ao BNews.
Eures Ribeiro (PSD) vai deixar a Sedur no final do mês de março para concorrer às próximas eleições como deputado estadual. O secretário já ocupou o posto de deputado estadual na Bahia de 2011 a 2012, quando deixou a cadeira na AL-BA para assumir a Prefeitura de Bom Jesus da Lapa.
“É uma postura de falta de transparência e deliberadamente de enganar as pessoas. Eu já pedi audiência à doutora Norma Calvacanti. Vamos levar todos os elementos e protocolar nossos documentos pedindo apurações de responsabilidade, nesse caso é um caso de improbidade administrativa”, completou Tinoco.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), o documento assinado com a concessionária para a implantação e operação da Fase 1 do sistema foi de R$ 2,8 bilhões, quase o dobro do que havia sido divulgado, mas foi necessário um novo reajuste porque a empresa vai operar também a Fase 2. A conta está em R$ 5,2 bilhões.
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FONTE: bnews