Nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, a Rainha do Mar Iemanjá recebe diversas homenagens na praia do Rio Vermelho, em Salvador.
Paz, prosperidade, harmonia e união. Esse é o significado da escultura de cavalo-marinho, que foi entregue como oferenda para Iemanjá, nesta quarta-feira, 2 de fevereiro. No balaio também tem flores, perfume, comida e presentes para agradar a Rainha do Mar
Nesta quarta-feira, o cenário na praia o Rio Vermelho foi bem diferente do que os baianos estavam acostumados a ver antes da pandemia da Covid-19: devotos com pés na areia, flores e alfazemas nas mãos. Isso porque aglomerações não serão permitidas no bairro devido para evitar a disseminação do vírus. A festa de Iemanjá foi cancelada pelo segundo ano consecutivo e o prefeito Bruno Reis já havia antecipado que a praia do rio vermelho estaria fechada
Os búzios, as conchas e as pérolas formam a imagem de um cavalo-marinho, que simboliza boa sorte, proteção e direcionamento para quem tira o sustento do mar. A obra foi feita pela artista Sandra Rosa.
O mistério sobre o presente que vai no balaio principal é mantido até a saída do Ilê Axé Awa Negy, no bairro do Engenho Velho da Federação, para o Rio Vermelho. O terreiro é responsável por preparar a oferenda principal dos pescadores.
“Para Iemanjá, eu escolhi o cavalo-marinho que é um símbolo de caminho, paz, prosperidade, harmonia e união”, disse o babalorixá Pai Ducho.
O babalorixá detalhou que foi feito um ritual no terreiro e outro na praia, com cânticos para saudar os orixás, além de pedir paz, saúde, sucesso e felicidade para a humanidade.
“Também pedimos para que essa pandemia termine e para que o povo se conscientize e respeite uns aos outros, para que a gente possa fazer a festa em 2023”.
Cancelamentos e a Covid-19
Há dois anos que as festas populares não ocorrem em Salvador por causa da pandemia da Covid-19. A Lavagem do Bonfim, uma das mais importantes do estado, também foi cancelada. No entanto, a festa ao Senhor do Bonfim foi mantida, mas com restrições no mês de janeiro.
O carnaval, a maior festa de rua do mundo, também foi cancelado na Bahia. Em dezembro de 2021, o governador Rui Costa anunciou a decisão. Apesar do cancelamento das festas de rua em Salvador e em todo o estado, muitos eventos privados mantiveram a decisão de realizar festas, tipo “carnaval indoor”.
Ainda em dezembro do ano passado, Salvador registrou umsurto de gripe e, em janeiro deste ano, os casos de Covid-19 voltaram a aumentar. Diante do cenário, alguns eventos de carnaval, que aconteceriam em fevereiro, foram adiados ou cancelados.
Em 11 de janeiro,o governo da Bahia publicou o primeiro decreto do ano com redução de público em eventos e exigiu comprovante de vacinação em estabelecimentos. Nove dias depois, em 20 de janeiro, o governo reduziu ainda mais o público em eventos. Antes eram 3 mil e passou para 1,5 mil.
Os casos de Covid-19 seguem aumentando no estado e, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na terça-feira (1º), o estado atingiu 29.176 casos ativos da doença.
Além disso, em 24h, foram contabilizados 4.385 novos casos conhecidos de coronavírus no estado e 37 óbitos.
Até terça-feira, a Bahia tinha registrado 11.137.197 pessoas vacinadas com a primeira dose, 264.416 com a dose única, 9.460.047 com a segunda dose e 2.424.836 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 106.063 crianças já foram imunizadas.
Fonte: g1
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