O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para retirar o sigilo sobre os documentos relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy e Martin Luther King, prometendo “revelar tudo” e resolver mistérios que alimentaram teorias da conspiração por décadas.
Na última quinta-feira (23), Trump autorizou a liberação dos documentos confidenciais sobre os assassinatos do ex-presidente John F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr. Esses casos, que geraram especulações e teorias sobre as circunstâncias e os responsáveis, poderão finalmente ser revisados com a exposição dos arquivos antes mantidos em segredo.
Assassinato de JFK: Mistérios e Controvérsias
O assassinato de John F. Kennedy em 1963 sempre foi um dos casos mais controversos da história moderna dos Estados Unidos. A versão oficial da Comissão Warren indicou que Lee Harvey Oswald foi o responsável pela morte, agindo sozinho a partir do sexto andar de um depósito de livros escolares. Oswald foi morto dois dias depois por Jack Ruby, um proprietário de boate com supostas ligações com a máfia, o que alimentou ainda mais teorias sobre uma conspiração maior.
Entretanto, diversos analistas e especialistas questionam a veracidade da versão oficial. Entre as falhas observadas estão omissões, erros nos depoimentos e a ausência de um testemunho crucial: o médico pessoal de Kennedy, que atestou o óbito do presidente, mas não foi ouvido nas investigações. Além disso, a teoria da bala única, que sugeria que o mesmo tiro atingiu Kennedy e o governador do Texas, John Connally, também foi alvo de críticas.
Teorias de Conspiração
Ao longo dos anos, várias teorias de conspiração sobre o assassinato de Kennedy surgiram, envolvendo possíveis entidades e grupos como:
- União Soviética e a KGB
- Cuba e o regime de Fidel Castro
- A máfia de Chicago
- CIA, FBI e agentes do governo dos EUA
- O vice-presidente Lyndon B. Johnson
- Israel e outros grupos de influência internacional
Agora, com a liberação dos documentos, muitos acreditam que novas informações poderão esclarecer se essas teorias têm algum fundamento ou se elas permanecerão como especulações sem provas concretas.
Martin Luther King e Robert F. Kennedy: Novas Investigações
Além do assassinato de Kennedy, o governo Trump também poderá liberar documentos sobre os assassinatos de Martin Luther King Jr. e de Robert F. Kennedy, irmão de JFK. King, ativista pelos direitos civis e ícone mundial de luta contra o racismo, foi morto em 1968, em um cenário de crescente violência racial nos Estados Unidos. Robert F. Kennedy, que também era um líder político proeminente, foi assassinado no mesmo ano.
Ambos os assassinatos, assim como o de JFK, possuem aspectos não totalmente esclarecidos, e as investigações oficiais também ficaram envoltas em controvérsia. A liberação dos documentos poderá trazer à tona novas evidências ou confirmar as teorias existentes sobre os responsáveis por esses crimes.
O Que Esperar com a Liberação dos Arquivos?
A decisão de Trump de liberar esses documentos históricos tem o potencial de finalmente resolver algumas das questões mais persistentes da política e da história americana. No entanto, a expectativa é de que a divulgação também gere novas questões, já que algumas informações podem ter sido alteradas, suprimidas ou interpretadas de forma diferente ao longo dos anos.
Essa medida pode não apenas reabrir feridas do passado, mas também impactar a percepção pública sobre as instituições governamentais dos Estados Unidos, como a CIA, FBI e outras agências de segurança.